A necessidade de nos expor aos nossos próprios errros, de nos arriscar a nadar perdendo a roupa é uma necessidade da nossa aprendizagem. Uma criança tem que se arriscar a cair para poder andar. Se não for assim não andaria mais. Existe uma atitude pela qual esperamos que as nossas ações estejam sempre garantidas de sucesso, de um êxito e de um reconhecimento mas isso impedira desenvolver-nos autenticamente. Devemos aceitar que os mal-entendidos são inevitáveis e actuar com paciência. Nem tentar resolvê-los com excessiva rapidez sobre a base de justificações e compulsões de "fazer as pazes" mas ter a intenção firme e clara de transparência. Perante a nossa própria consciência primeiro. Viajamos dentro de nós e constatamos os nossos fantasmas, os nossos medos, as nossas falsas dialécticas mas não as projetamos sobre qualquer quimera, sobre qualquer cousa que esteja fora de nós. Compreendemos que é cousa nossa e tomamos nota de onde doe, que é o que nos causa inquietação ou angústia, raiva, ira ou nos obriga compulsivamente a "dar o último golpe".
Todas as pessoas somos semelhantes. A diferença está no reconhecimento que fazemos disso para com nós próprios. Aprender do erro próprio é sempre melhor que aprender da verdade alheia.
Actuar de modo que os nossos actos fiquem à vista e também as nossas limitações sempre pode atrair um olhar compassivo e bondoso sobre nós que nos ajude a melhorar a nossa condição e não a feroz e impiedosa crítica que impediria a uma criança aprender a andar. Felizmente confiamos em que há pessoas generosas, se manifestem ou não. Elas ajudam-nos sem fazer-se notar e vaia aqui a minha gratidão pela parte que me toca.
1 comentário:
Admiro la precisión con la que traes estos temas complejos que hace días vienes comentando. Culpa, responsabilidad, poder, humildad, reconocimiento, éxito... atribuciones del ego, estrategias del velar que tu ayudas a desvelar. Un abrazo.
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