Existe uma hadice do profeta Muhammad que diz:
"A tinta dos sábios é mais sagrada que o sangue dos mártires"
Muhammad compreendeu muito bem o ressentimento encoberto que existe nas acusações contra a intelectualidade. Certamente muitas pessoas, algo cabeças duras, utilizam palavras como "prática" e "experiência" como formas de fugir da necessária reflexão que todo homem ou mulher com aspirações superiores necessariamente deve fazer. Os grandes mestres da tradição humana essencial não foram precissamente cabeças duras: Buda, Sócrates, Platão, Muhammad, Al-Ghazali, Ibn Arabi ou Suhrawardi entre muitissimos outros fizeram um esforço, também intelectual, considerável.
Outra cousa é a razão não intelectual ou os "intelectuais". Aqui vemos a degradação do sentido originário de uma palavra e o uso sofístico e baixo do racionalismo vulgar, que não é capaz de fazer mais do que uma emulação aparente do verdadeiro sentido, sentido que existe ali onde a cabeça descansa no coração.
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