De súbito Mikhail Tal recordou a frase do poeta infantil Kornay Chukosvki:
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o hipopótamo fora do tanque"
Tal encontrava-se numa dificil situação perante o Grande Mestre Vaisukov. A partida tinha chegado a um ponto em que segundo as suas próprias palavras:
"As ideias amontoavam-se. Eu tinha trasladado uma subtil resposta ao meu oponente que tinha funcionado numa ocasião, a outra situação onde naturalmente resultou bastante inútil. De maneira que tinha a cabeça cheia dum milheiro de movimentos de todas classes, e o do famoso "leque de variáveis" do que todos os treinadores recomendam que recortes os ramos mais pequenos, que nesse caso se expandiam cuma velocidade incrível"
Mas o verso infantil retornava a Mikhail dum jeito obsesivo e imperativo:
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o hipopótamo fora do tanque"
Enquanto o público via um Tal absolutamente concentrado na partida a realidade era outra. Pela cabeça de Tal um hipopótamo tinha tomado o taboleiro e o que o preocupava realmente era averiguar de que maneira se poderia tirar o animal do tanque. Por ali apareciam guindastes, helicópteros, escadas de cordas e os mais diferentes artilúgios técnicos. Passavam já quarenta minutos e o tempo esgotava-se até que voltou à partida. De súbito começou a ver tudo mais fácil e claro. Tudo parecia encaixar, não num plano de cálculo mas numa pura sensação intuitiva.
Mikhail Tal fez, finalmente, o movimento esperado e sacrificou o cavalo.
Todos os jornais do dia seguinte diziam mais ou menos:
"Depois de calcular pelo miúdo mais de quarenta minutos Mikhail Tal sacrificou um cavalo que o deixa numa posição prometedora..."
Pode que assim se escreva a história, não sei. Mas o que de certo vos posso dizer é que Mikhail Tal era, de feito, um grande filólogo. Que um hipopótamo é um "cavalo de rio". E isso explica bastante, não é?
Pensas que poderiamos dizer?:
- Caso Resolto!
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o...
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o hipopótamo fora do tanque"
Tal encontrava-se numa dificil situação perante o Grande Mestre Vaisukov. A partida tinha chegado a um ponto em que segundo as suas próprias palavras:
"As ideias amontoavam-se. Eu tinha trasladado uma subtil resposta ao meu oponente que tinha funcionado numa ocasião, a outra situação onde naturalmente resultou bastante inútil. De maneira que tinha a cabeça cheia dum milheiro de movimentos de todas classes, e o do famoso "leque de variáveis" do que todos os treinadores recomendam que recortes os ramos mais pequenos, que nesse caso se expandiam cuma velocidade incrível"
Mas o verso infantil retornava a Mikhail dum jeito obsesivo e imperativo:
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o hipopótamo fora do tanque"
Enquanto o público via um Tal absolutamente concentrado na partida a realidade era outra. Pela cabeça de Tal um hipopótamo tinha tomado o taboleiro e o que o preocupava realmente era averiguar de que maneira se poderia tirar o animal do tanque. Por ali apareciam guindastes, helicópteros, escadas de cordas e os mais diferentes artilúgios técnicos. Passavam já quarenta minutos e o tempo esgotava-se até que voltou à partida. De súbito começou a ver tudo mais fácil e claro. Tudo parecia encaixar, não num plano de cálculo mas numa pura sensação intuitiva.
Mikhail Tal fez, finalmente, o movimento esperado e sacrificou o cavalo.
Todos os jornais do dia seguinte diziam mais ou menos:
"Depois de calcular pelo miúdo mais de quarenta minutos Mikhail Tal sacrificou um cavalo que o deixa numa posição prometedora..."
Pode que assim se escreva a história, não sei. Mas o que de certo vos posso dizer é que Mikhail Tal era, de feito, um grande filólogo. Que um hipopótamo é um "cavalo de rio". E isso explica bastante, não é?
Pensas que poderiamos dizer?:
- Caso Resolto!
"Oh, que tarefa tão árdua foi arrastar o...
2 comentários:
mais porque ele disse isso o que significa?
mais porque ele disse essa fase?
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