Carl Emile Mucke
Isto relaciona-se com a maneira de transmitir o conhecimento essencial que não segue um processo linear. O mestre fala de cebolas ou põe exemplos onde se fala de cores, mas então muda e passa a falar do gato de Nasrudin e tudo dentro de um discurso simples e facilmente compreensível num sentido superficial. Há pausas, gestos. Sucedem-se perguntas e respostas que parecem seguir um sentido convencional mas há toda uma série de acontecimentos que seguem um afinamento que depende da energia do contexto. As cousas realmente acontecem por algo. A ideia da casualidade é aqui supersticiosa. Há realmente uma causalidade funcionando num nível mais profundo e multidimensional do que parece.
O Princípio de Incerteza de Heisenberg não deixa de ser uma fonte de inspiração filosófica. A ideia de que a energia que suministramos a um sistema modifica o estado do mesmo e que pelo tanto não o podemos conhecer de maneira objectiva sempre me lembra uma frase de Kant no início da sua Antropologia, que cito de memória:
"O problema de estudar o ser humano é que este modifica a sua conduta desde o momento em que sabe que está sendo observado"
Isto tem aplicações também no facto da auto-observação, que é problemâtico.
Poderiamos dizer que há algo subtil chamado intenção e que, como no caso da luz, parece conhecer con anterioridade se a sua manifestação deve ser ondulatoria ou corpuscular.
Isto relaciona-se com a maneira de transmitir o conhecimento essencial que não segue um processo linear. O mestre fala de cebolas ou põe exemplos onde se fala de cores, mas então muda e passa a falar do gato de Nasrudin e tudo dentro de um discurso simples e facilmente compreensível num sentido superficial. Há pausas, gestos. Sucedem-se perguntas e respostas que parecem seguir um sentido convencional mas há toda uma série de acontecimentos que seguem um afinamento que depende da energia do contexto. As cousas realmente acontecem por algo. A ideia da casualidade é aqui supersticiosa. Há realmente uma causalidade funcionando num nível mais profundo e multidimensional do que parece.
Este é o motivo de que um livro possa ter outras funcionalidades que não resultem óbvias. Ou um objecto ou uma frase. Ou um comportamento. É como se falássemos para os presentes e para os ausentes, para o que há e para o que pode haver. Ás vezes sentimos que simplesmente temos que fazê-lo. Haverá um efeito em algum lugar. Assim o sentimos. Devemos actuar, sem poder explicar demasiado. De aí a importáncia de não fazer juízos precipitados.
Sobre o experimento de Robert G. Jahn clickar aqui:
"Se nós deixarmos de dançar o sol deixará de sair pelo horizonte", dizem algumas tribos. E dizem a verdade.
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